Somos apresentados à Lou e Will, duas personagens
diferentes que estão aí para nos mostrar que cada pessoa tem um
pouco para nos presentear.
Louisa Clark é uma mulher simples, que não perde
muito tempo pensando em si. Trabalhava em um café e era muito feliz
até descobrir que o lugar vai fechar, que sua irmã vai para a
faculdade, que seu pai não acha emprego de jeito nenhum e que sua
mãe ainda cuida do vovô e que ela precisa de um emprego logo!
Lou não é uma garota alta, não tem um corpo
esbelto e nem um namorado que ela ama incondicionalmente. Nada disto.
Ela é apenas uma garota comum, que gosta de fazer combinações fora
do padrão com suas roupas e tem um namorado que dá pro gasto.
No outro extremo da história, temos Will Traynor
um homem bonito, rico, bem-sucedido. Ele é o típico clichê de
homem que tem tudo o que quer, nunca falha nos negócios, acorda com
a namorada alta, bela, modelo e refinada sob os lençóis brancos de
uma cama King. Will Traynor só não é agarrado com a sorte, pois um
acidente (tosco) o deixa levemente
imobilizado.
Durante o
acidente, a medula de Will é atingida lhe permitindo mexer os olhos,
alguns dedos de uma mão e falar e ficar preso em seus pensamentos
fervilhantes.
Eis que
finalmente Jojo Moyer liga
Will e Lou. Ela que só
desejava
ajudar em casa. Ele só
pensava em
aguentar os pensamentos por mais um tempo.
A parte mais
interessante da obra é que cada personagem é enraizado em seu
mundo. Eles não mudam, não evoluem e nem querem que alguém de fora
venha mexericar em suas raízes. Mas Will já não tem tanto a perder
e começa a perceber que Lou não ganha nada há anos. Se
for analisar bem, Will é o verdadeiro herói, pois enquanto Lou só
quer que ele se divirta um pouco, ele quer que ela comece a viver.
Infelizmente isto
não fica bem claro no filme, que passou a ser um pacato conto de
amor clichê, com um final triste e sonhador. Quando se lê a obra
antes do filme, se apaixona pela visão das personagens, pela memória
dos melhores momentos, mas não ganha
nada de novo, algo que completa o livro, que faz
com que o livro e o filme
sejam
companheiros.
Ler Como
eu era antes de você, é
entender que devemos buscar o que gostamos de fazer e não apenas
algo meia boca que faz com que os que nos cercam não tenham como
criticar ou julgar nossos
atos e escolhas. O livro
esclarece que cada vez que nos dedicarmos a fazer tudo por um alguém,
mais coisas este alguém vai nos cobrar.
Contudo, ainda
temos pessoas que podem mudar nossa visão da vida. Que podemos
sempre melhorar, pensar em nós e ajudar o próximo, alguém vai nos
ajudar, nos apoiar,
quando menos esperarmos.
Isto,
infelizmente, não fica tão claro no filme.
Então com
aproximadamente 1h50m e 320 páginas creme, Jojo Moyer escreve, Intrínseca e Warner Bros nos entregam uma obra bem feminina, capaz
de derramar umas lágrimas, suspirar e entender que há muito muito
para conhecer.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu ponto de vista!