Ler condenada é uma experiência fantástica, que
nos faz ser uma criança adulta visitando o inferno nojentamente
incrível e com reviravoltas capazes de nos fazer arrepiar.
Sim, ler
condenada é voltar a viver aquelas aventuras que toda criança vive
quando brinca com os amigos, quando o chão é de lava, quando somos
fugitivos que só podemos nos mexer ao passarem correndo por baixo de
nossas pernas para quebrar a magia imposta sobre nós. Ler condenada
é brincar de uma forma que há muito não sentíamos mais graça.
As vezes, a leitura se torna um tanto massacrante.
Mergulha em detalhes que normalmente jogamos contra nossos colegas
quando contamos uma história vivida por nós, aquelas vírgulas que
colocamos em nossos contos para explicar que não somos perfeitos,
mas que devem entender a situação em que estávamos. Então, sem
avisar, de uma hora para a outra, emergimos em um mar revoltado de
energia e situações fantásticas. Arregalamos nossos olhos,
prendemos a respiração e até mesmo gargalhamos coma a situação
que Chuck Palahniuk nos forja.
Madison, a garota de treze anos que foi ao inferno
após ter tido uma overdose de maconha (se é que isto é possível)
vai nos fazer viajar por um universo que queremos compartilhar com
todos os nossos amigos, vai nos fazer acreditar que é uma aventura
que qualquer criança de treze anos pode ler e depois nos puxar pelos
cabelos ao explodir um belo xoxota
nas páginas do livro.
Com humor (um
tanto negro), o livro nos injeta
o anseio de saber como a
história termina. A
senhorita Madison
Spencer se encarrega de nos
explicar
o quão bom pode ser o inferno, a importância de sempre ter uma
barra de chocolates em seus bolsos, porque diabos sempre tem um
telemarketeiro nos ligando perto do jantar. É
ela quem poda as nossas esperanças enquanto nos faz rir
graciosamente com a desventura que é sua vida.
Está aí, Satã? Sou eu, Madison. Pensei ter
visto você hoje,
e acenei feito uma groupie louca para atrair sua
atenção.
[…]
Com 304 páginas,
formato brochura, uma capa bela e chamativa, a editora LeYa nos
presenteia com uma obra fantástica e viciante.
Sinopse:
[...] Filha de um casal milionário de cineastas, a garota de treze anos foi criada para usufruir das melhores coisas da vida e acabou morrendo por um pequeno deslize. Já no inferno, afinal, quem morre por overdose de maconha não pode ir para o Céu, a garota se vê cercada ? e amiga ? de um grupo um tanto quanto incomum: um nerd, um punk de cabelo azul, um possível jogador de futebol americano e uma patricinha com sapatos falsos. E é lá, no Inferno, com mensagens diretas ao Satã, que Madison passa a conhecer os problemas da vida, afinal a imortalidade nos traz ensinamentos e questionamentos que apenas situações complicadas nos trariam. [...]
Notas:
1. Não, eu não assisti e nem mesmo li Clube da luta, mas como uma viciada irreparável em comprar livros e ler livros, e aproveitadora inveterada de promoções da santa internet, não pude deixar de comprar um pacote de três livros do acalmado (e há pouco um ser,
para mim, desconhecido) Chuck Palahniuk. Eu realmente gostei do livro e parti para o segundo sem me dar um dia de folga. Agora, como uma boa órfã, aguardo o terceiro e último livro sair.
1. Não, eu não assisti e nem mesmo li Clube da luta, mas como uma viciada irreparável em comprar livros e ler livros, e aproveitadora inveterada de promoções da santa internet, não pude deixar de comprar um pacote de três livros do acalmado (
2. A sinopse encontra-se resumida e foi copiada da internet.
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