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Mostrando postagens de agosto, 2016

De onde saem os amigos?

Estava pensando da onde saem os amigos. Por um bom tempo achei que eles estavam no tempo de convivência, no tempo em que você estaria ali, cara a cara com a outra pessoa. Você viveria tanto tempo, seja no trabalho, na escola, no lar, na rua, no curso; que acabaria afetuoso com a pessoa, não desejaria seu mal, se dedicaria a ajuda-la sem desejar nada em troca. 

Não percebi seus apelos.

Ele agora está lá, jogado naquele canto, deitado em posição fetal implorando para voltar ao único lugar onde estava protegido, sem precisar fazer escolhas. Naquela época, ele só amou a consciência da proteção, os ruídos suaves que vinham quando menos esperava, a sensação de alegria. Hoje, não. Ele já é um tolo, brincando de ser adulto. Um imaturo, brincando de ter certeza. Já precisa fazer escolhas por si só.

Orange - Mangá.

Quando o assunto é mangá, gosto daqueles dramas escolares que sempre são clichês e me fazem chorar (também tenho preferência pela leitura digital, mas isto não vem ao caso). Em busca de algo rápido para ler, sem muita enrolação e que cubra minha espera pela continuação de Suki-tte li na yo, encontrei um mangá bem falado e em alta.  Orange. Uma carta escrita dez anos no futuro.

Nunca me chame para um velório. - A primeira vez que fui em um.

Se você quer passar vergonha, me chame para ir em um velório ou me fale que alguém morreu. O primeiro sinal de que você fez a coisa errada, será o sorriso aberto que vou lhe dar, o segundo é a gargalhada sonora. Mas acredite: tudo pode piorar.

Gente grande.

Entrevista feita em 5 de janeiro de 2010, Sua vida? Como descrever a vida de uma mulher que batalha contra o cansaço, contra o desconhecimento? Ela, que representa o povo oculto por um pano de seda branco transparente, que fingimos não existir para que não nos sintamos criaturas cruéis, se recusa a cair, se recusa a desistir? Eu pensei em fazer uma edição grandiosa de suas falas, arrumar a gramática, usar meus dotes de escrita. As vezes, eu o fiz, outras, deixei que falasse como bem desejasse. Tentei não interromper, durante a entrevista, controlei meu anseio de elogiar ela, elogiar a garra e a força que ela carrega e faz a minha não chegar nem perto do rapo do tacho , se nos compararmos. Na entrevista, me mantive calada em relação aos elogios, queria escutar a versão crua e sofrega que ela tinha, não queria intimá-la com minhas palavras; mas foi impossível deter os dedos que redigiram as falas. Por este ato, peço desculpas ao leitor que se sentir incomodado. 

Como eu era antes de você - O livro e o filme.

Somos apresentados à Lou e Will, duas personagens diferentes que estão aí para nos mostrar que cada pessoa tem um pouco para nos presentear.

É difícil não se apaixonar.

Saí correndo de meu trabalho, cheguei em casa e corri com a janta, larguei o Pokemon Go e mandei todo mundo calar-se. Estava começando. Um dos meus eventos mais amados, estava começando.

Eu quero que seja eterna.

Eu tinha uns seis ou sete anos, quando a Olimpíada de 2000 aconteceu. Me lembro de não fazer a mínima ideia do motivo por todos os alunos serem colocados em filas, caminharem até o refeitório da escola e então sermos organizados sentadinhos junto com todas as outras turmas.

Sentimentos de uma arma - O que conta a música.

Parafusos e fios, placas bordadas com solda, um pouco de eletricidade para que tudo se interligue. Ali estava a arma perfeita, a arma que deveria transformar a humanidade em uma máquina perfeita. Aquela camada de pele era falsa, artificialmente quente; os cabelos não eram dela, os olhos não passavam de câmeras sem zoom, no decorrer do corpo placas formando um sistema perfeito – tão perfeito que enganara até mesmo seu criador. Por todo aquele complexo sistema, sentimentos falsos corriam. Sentimentos que alguém calculou para que transbordassem durante a tomada de decisões – talvez isto seja a grande falha de toda aquela criação. Os movimentos eram graciosamente calculados, a respiração era o mais perfeito mecanismo de resfriamento interno e os excrementos uma miragem que eliminava qualquer objeto desnecessário para o funcionamento daquele corpo. Levar algo aos lábios era uma tentativa frustrada de enganar os circuitos, de fingir que era algo que nunca seria.

Inacreditável

Parece brincadeira, Que logo, logo,  Tudo voltará ao que era antes. Que tudo volta ao normal. Convenhamos, Nada volta, nada é normal.

Quando um namoro acaba a amizade também deve ir...

Eu já tive um grande amigo ao qual me apaixonei. Aquele amigo que nossos corpos sabiam conversar em silêncio, elogiar e contar piadas que ninguém mais compreenderia. Acredito que naquela época nossa sintonia era intensa ao ponto de ser frágil, ser possessiva, ciumenta, mas cuidadosa e atenta também. Um sabia quando era hora de arrancar o outro do mundo e deixar que desacelerasse. Um sabia cuidar do outro. Mas tudo isto acabou.

Mula - Capítulo 04.

Ele foi, pensou Elisabete, com animação . Estava ali, conversando com Matias que, depois de comer metade dos lanches preparados por Rogéria, quase dormia encostado em uma árvore. O padre não usava a batina, só uma bermuda preta e uma camiseta verde-musgo que, aos olhos da visitante, ficava perfeita nele. A mulher molhou os braços que começavam a secar. Durante o ato, olhava ao redor, tentando encontrar uma forma de serem vistos. O rio, naquele ponto, era fino e ordenado por um barranco repleto de raízes grossas e perfeitas para segurarem os sedimentos da natureza. As árvores impedia que um ser humano leigo chegasse ao lugar com facilidade e tornava o lugar um ponto perfeito para que algo ruim acontecesse.